Deneir de Souza Martins nasceu em 4 de julho de 1954, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Começou a sua vida artística aos 19 anos, quando frequentou um curso livre de arte. Em 1993, tornou-se funcionário público da Secretária do Estado de Educação na função de Animador Cultural, que exerce até hoje. Ministrou oficinas de criação artística e confecção de brinquedos em várias instituições e eventos, como Museu de Belas Artes, Paço Imperial e Maison du Brésil – Cité Internationale Universitaire de Paris. Também confeccionou brinquedos e engenhocas para diversos programas de TV. O expoente artista plástico já foi premiado por diversas e principais galerias do pais; inventor e arte – educador reconhecido aqui e noutros países.

Sua arte é desenhada, sonora, impregnada de sentidos e sensações, emoções e ações, movimento e cor. Ele tudo entrelaça e vai compondo poemas. Sim, Deneir faz poesia, como o pantaneiro Manoel de Barros e suas latas inventadas que falam de vida. “As latas precisam ganhar o prêmio de dar flores. Elas têm de participar dos passarinhos. Eu sempre desejei que as minhas latas tivessem aptidão para passarinhos. Como os rios têm, como as árvores têm. Elas ficam muito orgulhosas quando passam do estágio de chutadas na rua para o estágio de poesia. Acho esse orgulho das latas muito justificável e até louvável.” Ora lúdico, ora crítico, ora poético, Deneir sempre apresenta algo capaz de nos fazer pensar a natureza do mundo material? orgânico ou construído? com sua arte de restos. Ao apanhar desperdícios ele renova sentidos no mundo.